domingo, 1 de agosto de 2010

Double Double - Parte 2

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Uma ponta de brilho se via chegando na porta, uma brisa com perfume de mulher. Era Diana, com um sobretudo bege empunhando seu cigarro, o levava volta e meia aos lábios vermelhos, e depois ajeitava os cabelos longos e negros. Atravessou o salão, no alto de seus sapatos de salto vermelhos que estalavam no chão de mármore, parou em frente a Don Levito e atirou-se em seus braços.
- Oh Mercedes, eu sabia que viria - exclamou Don.
Diana censurou-o:
- Não fale isso em público, as pessoas podem nos ouvir!
- Eu não me importo, já está na hora de assumirmos! Porquê não revelar logo aos meninos que você está comigo? Podemos parar de fazer esse jogo duplo...
- Não! Precisamos nos manter afastados! Se eles desconfiarem de algo, ou mesmo se souberem que estamos juntos, fazendo eles de bobos, eles poderão se revoltar! E você sabe tanto quanto eu da força deles unidos...
- Está bem, venha logo, vamos para a suíte.
Nesse momento, Jack acordava num quarto escuro e frio, porém deitado numa cama macia.
Imediatamente revistou seus bolsos à procura do seu celular, mas ele havia sumido. Encontrou somente seu chaveiro com mil e uma utilidades que carregava sempre consigo, e embora estivesse morrendo de dor de cabeça e com o corpo mole, o chaveiro era tudo que ele precisava para fugir dali. Usou-o para iluminar o quarto com a lanterna embutida, procurando a janela mais próxima. Ela estava no canto direito do quarto, bem no alto. Selecionou a opção chave de fenda e desparafusou as dobradiças; com muita calma retirou as partes dela e pôde sair, pulando até o chão. Caiu na grama fofa, o ar da noite lhe fazia bem.
Lembrou-se de John, procurou no bolso secreto de sua jaqueta e por sorte estava lá: o localizador GPS para encontrar seu irmão. Ativando-o, percebeu que ele estava dentro da casa da qual escapara. Voltou, e da mesma forma que abriu a janela, fez com a porta, esgueirou-se pelos corredores e achou o quarto do John. Acordou o irmão e deram uma busca na casa. Estava completamente vazia. Jack disse:
- Vamos acabar logo com isso?
- Tudo bem - respondeu John.
Nisso, deram-se as mãos, e bradaram em uníssono:
- Super-Irmãos! ATIVAR!
E viu-se um feixe de luz azul brilhar no céu.
Diana acordou sobressaltada, assustando Don Levito, deitado ao seu lado na cama King Size da suíte do hotel. Ainda nua, levantou-se e caminhou até a janela.
- O que houve, Mercedes?
- Nada... Tive a impressão de que havia alguém parado do lado de fora da janela...
- Como poderia? Estamos no 8° andar! Venha para cá, deixe-me acalmá-la...
- Não quero, algo está me deixando inquieta. Será que está tudo bem com Jack e John?
- Claro que sim, mandei meus melhores homens para guardar a casa. Nem uma mosca seria capaz de nos alcançar aqui...
Então a vidraça se quebra e uma águia entra voando velozmente, furando os olhos de Don Levito com suas garras afiadas, enquanto Diana grita histericamente por socorro.
"


E agora? Como continuará essa história?
Disponível também no Blog do Dimas, ou na imagem ali do lado.
Boa leitura!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Double Double

Jack saiu correndo daquele quarto. Seria bom se afastar bastante daquele lado da cidade, antes que alguma camareira encontrasse o corpo do negociador, e a polícia fosse chamada. Desceu para o metrô do outro lado da rua, e, já com um blusão amarelo, entrou no primeiro metrô que parou na estação, depois de jogar o sobretudo azul escuro que estivera usando e a arma na lixeira do banheiro. Pegou o celular do bolso e entrou em contato com seu parceiro, avisando que o trabalho estava feito, podiam continuar com o serviço sem problemas.
Enquanto descia numa parada aleatória sentiu que estava sendo seguido. Tremeu. Era a primeira vez dentre todos os serviços que fez que se sentia assim. Ligou novamente pra John, e quando ouviu o alô do outro lado da linha, sentiu um baque nas costas. Desmaiou. John ficou extremamente irritado com a brincadeira de Jack, afundou as mãos na jaqueta de camurça marrom, e seguiu descendo a rua Baltazar. Passou por alguns carros, ajeitou o cabelo agachando-se em frente ao vidro de um carro, conferiu o estado da calça jeans escura, all star, tudo ok. Entrou no bar e a viu.
John caminhou até a mesa do canto e exclamou: "Mãe! O que você faz por aqui?!" Diana levantou a cabeça lentamente e pediu silêncio com um gesto. Observando com atenção, John viu que havia alguém deitado com a cabeça no colo de Diana, parcialmente encoberto pela mesa e difícil de ser notada pela penumbra do local. Era Jack.
- O que você fez com ele?
- Shhh, fale baixo. Eu não fiz nada, apenas fiquei com saudade e mandei meu guarda-costas ir buscá-lo pra mim. E eu sabia que você iria aparecer, mais cedo ou mais tarde.
"Ela poderá estragar todo o plano se eu não fizer algo", pensou John.
- Estamos no meio de uma importante negociação, mãe! Precisamos ir embora agora, e o Jack vai comigo!
- Sinto muito, Johnny querido, mas você também não vai sair daqui.
Nisso as portas do bar se abrem revelando os dois guarda-costas de Diana, que se postaram em frente à porta impedindo qualquer saída por ali.
John se volta lentamente para Diana com um sorriso malicioso no rosto. Imediatamente tira do bolso um controle remoto e com ele aciona o botão de sua motocicleta, que entra quebrando a porta do bar e derrubando os guarda-costas. Do outro bolso tira uma arma e aponta para Diana e para todos do bar. Fica vagando pelo cômodo com ar doentio, até que enfim a aponta para sua própria cabeça e diz:
- Mãe, agora é sério, deixe eu e o Jack irmos logo, ou tu nunca mais me verá.
- Johnny, você não tem escolha.
Nesse momento um dos homens de Diana que havia se levantado num pulo acerta John com uma cadeira nas costas. Ela tira uma seringa de uma maleta preta, escolhe um dos frascos, passa o líquido amarelado pra seringa, aplica em John. E coloca os dois em camisas de força, e ordena que os levem para a casa do interior.
No outro lado da cidade, na frente do hotel, alguns homens a mando de Don Levito coletam informações, e constatam que os dois definitivamente estão encrencados.
{...}


Bom essa historia é uma Parceria com o @dimhr12, e tá disponível aqui e no blog dele, espero que gostem :)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma história Acabada... Ou não.

Enquanto tomava seu café, Yuri olhava as paisagens brancas que se movimentavam pela janela de seu vagão, quando vultos negros começaram a se mexer no gelo em direção ao teto do vagão. Yuri pensou que seu café continha alguma substância alucinógena, pois viu dois ninjas em sua frente.
[...]
Clarissa acordou mais uma vez, no chão encardido uma caneca esmaltada descascando com um liquido não identificável dentro, um prato de sopa e um pedaço de pão. Ela torcia pra que fosse vodka na caneca. Levantou-se e foi trôpega até lá, suas mãos agora estavam livres, e os pulsos arroxeados.
A porta range, as dobradiças enferrujadas parecem que vão esfarelar alguém é atirado para dentro e ouve-se um gemido de dor. Clarissa sente seu coração saltar no peito, e receosamente olha na direção do ser caído. Reconhece quase que imediatamente aqueles cabelos pretos sebosos, ele tinha deixado compridos, do jeito que ela gostava.
Corre tropeçando em seus pés e cai pouco antes de alcançá-lo. Continua o percurso engatinhando até ele, os cabelos sujos caindo em seu rosto pálido deixavam-na ainda mais bonita. Encosta instintivamente o ouvido no peito dele, uma angústia toma conta dela, e ouve o coração dele pulsar rápido. Ele desliza a mão pela cabeça dela, e se abraçam, porém dessa vez não mais como apenas amigos.
[...]
As dobradiças quebram de vez, um vulto de chapéu panamá aparece na porta, e estende o braço, na mão se vê um MP-412 "REX" apontado na direção deles. Se ouve uma risada macabra e rouca que acaba em tosse.
- Agora o casalzinho infernal não vai mais me atrapalhar, vocês tinham que ver o que não deviam? Que mania desses jovens de freqüentes bares perigosos, que peninha, digam adeus e morram abraçadinhos!- mais tosses, o poderoso Nicolau não permitiria que esses infames saíssem vivos.
Os dois abraçaram-se com força, como que querendo tornar-se um só.
[...]
Uivos de dor, e um estrondo ensurdecedor. Um navio havia derrubado a parede, a peste ruiva sorria e dizia: - Vamos seus cornos, subam! Ou vão querer que eu também os carregue?
Marky realmente era uma piada. “Clarissa, achei um lugar ideal pra nós, o Caribe! A terra do rum! Tu vai adorar.
No fim da noite, viram o por do sol no mar. E final do mês fundaram uma bodega no Caribe.




# Bom, após um mês de abstinência e muitas reclamações e pedidos (oi Dimas e Victor) tá aí, não disse que ia ser boa a história, e 5 partes são para os fracos!

sábado, 22 de maio de 2010

Uma história inacabada. Parte II

Clarissa sentia sua cabeça estourando e a boca seca, no ar um cheiro de éter. Uma luz tênue vinha da pequena janela do canto direito do quarto, as paredes eram encardidas e amareladas e o chão duro e frio, pequenos cristais de gelo se amontoavam perto da coberta de lã, e ela estava sem seu precioso rum.
Foi aos poucos tentado ficar em pé, apoiando-se nas paredes imundas sentia seus cabelos em cachos emaranhados atrapalhando sua visão, suas mãos pequenas e delicadas estavam amarradas com um pedaço tosco de corda que estava machucando seus pulsos. Jogou a cabeça pra trás na ânsia de enxergar melhor e se viu novamente no chão. A porta de madeira apodrecida se abre.
(...)
Yuri estava saindo do correio, acabara de mandar alguns postais para Clarissa, juntamente com uma carta explicando que demoraria mais um mês para voltar a São Petersburgo. Todos os lugares que havia visitado deixaram nele uma sensação incrível de liberdade, havia conhecido muitas garotas, e isso estava o encorajando a se declarar.
Cada vez que se lembrava dela, seus olhos verdes brilhavam, e assim que os fechava a visualizava sorrindo com aquelas covinhas nas bochechas, e lembrava-se dos bares que freqüentavam.
Ele tinha um longo caminho à frente para explorar, sobrevoaria todas as planícies do sul, e depois voltaria pela costa leste, passaria pela Sibéria para então voltar a sua cidade, sim um mês era pouco, mas conseguiria. E se não conseguisse voltaria igual, e convidaria Clarissa para acompanhá-lo. Sentiu um aperto no peito ao penar nela, estaria algo ruim acontecendo à ela? Não- pensou ele – ela sabe se cuidar muito bem, aqueles gângsters não teriam tamanha audácia...
Continua.

p.s. a principio a história terá 5 partes, mas não garanto um enredo bom, ou menos doce, ou menos bobo, nem um final parecido com os da caixa, enfim talvez eu enjoe antes e dê um final maluco para Clarissa e Yuri, ou mate os dois muahahá...

domingo, 16 de maio de 2010

Uma história inacabada.

Cof cof cof cof... Era o barulho que se ouvia incessantemente do apartamento vizinho. Clarissa caminhou pela sala de estar, a lareira estava em brasas e era muito frio. Sentiu uma vontade de tomar rum, foi à cozinha, o tapete felpudo acariciava seus pés. Enquanto abria a garrafa, observava a bela paisagem russa pela janela, aah São Petersburgo é mesmo linda.Um cheiro de incenso e fumaça tomou conta do local, ela sentiu suas pernas bambearem e o chão sumir debaixo de seus pés.
(...)
O sol cegava seus olhos, e sua boca estava seca, o vento cortante da Rússia mesmo no verão é horrível de se sentir, Yuri se aproximava do lago Baikal. As águas do lago estavam excepcionalmente bonitas, ele abre sua mochila e tira sua câmera, tenta achar o melhor ângulo. Ele queria mandar uma bela foto para sua amiga Clarissa, era uma forma singela de demonstrar a ela, que significava muito para ele.
Sua viagem havia se estendido mais que previra, o sul sempre o chamara, tinha algo naquele lugar que o prendia. Em sua mala várias lembranças, alguns amuletos xamãs, etc. Em seu walkman tocava um velho rock ‘n roll, tirava os cabelos negros caídos no rosto, ela tinha razão ele ficava melhor com cabelos mais compridos.



Continua...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

era só um café...

Galopes, Beatriz ouvia galopes ao longe. Mas ela só queria um café, porém café não havia em casa. E de súbito uma vontade de fugir de apoderou dela. Abriu o armário para as roupas por na mala, porém lá ao fundo uma gaveta chamava a sua atenção, tocou-a e se viu em uma floresta.
Unicórnios furta-cores saíam de seus abrigos de cogumelos, uma cantiga de ninar ecoava ao fundo, uma ninfa apareceu e bateu palmas, a musica cessou, e uma vitrola surgiu do chão de terra úmida e preta. Era de madeira e muito antiga, o disco de vinil tocava a seguinte faixa: eu acredito em fantasmas, e mula sem cabeça, negrinho do pastoreio e boitatá tatatá. A Medusa aparece-lhe com uma polar na mão, e paulatinamente os demais deuses do Olimpio, e começam a dançar o maçanico. Bia começa a rodar no ritmo e ao olhar para o chão percebe que está voando.
Estrelas e morcegos a envolvem na doce sinfonia. Subitamente desfaz-se a maravilhosa sensação, Beatriz está congelada, olha para cima e vê uma aranha imensa e prateada descendo a teia brilhante e pegajosa em sua direção. O aracnídeo chega bem próximo de Bia e fala: Patinhos verdes não podem voar, pois eles são verdes, e não um helicóptero azul calcinha.
Um hipopótamo alado e lilás cai e rasga a teia libertando Beatriz, que ao cair leva a mão ao bolso, do qual sai um duende falando: é estamos num lugar do caralho!
Uma dor na cabeça, e um clarão aos olhos, Bia acorda com sua irmã aos berros, olha para a janela e vê seu prédio do alto, estava em um disco voador.
Em uma nota no canto de um jornal qualquer a noticia: Jovem encontrada presa num armário repleto de fungos é levada ao hospital delirando. Ele diz ter sido abduzida enquanto fugia de casa, porque deus não queria que ela se perdesse nas drogas.




PS. O blog ficou mais bonito êee |o° graças ao moço caridoso que eu citei no post abaixo, continua achando que deve-se visitar o blog dele ;D

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sobre cravos e vassouras...

Chovia, gotículas de chuva se fixavam na moldura verde daquele chalé envelhecido no meio do bosque. Uma chaleira fumegava no fogão à lenha, um vulto médio se aproxima da porta, cabelos castanhos caíam no rosto, um ar febril, olhos cor de mel com um brilho gélido, uma mão esquelética a conduz para perto da janela.
O cômodo cheirava a mofo e chá de maçã, a velha entregava um livro de capa roxa com letras prateadas e vários arabescos a Duda. Estava iniciando a amiga nos conhecimentos seculares de sua família. Após isso Maria Eduarda saiu apressada e escorregando na calçada úmida, cheia de limo, rodeada de musgos e cogumelos.
Seu guarda-chuva tremulava com o vento, ela precisava andar depressa, caso contrário perderia a condução para casa. Durante o percurso, coisas estranhas iam acontecendo, folhas levantavam dando piruetas e caíam, as lajotas da calçada começavam a brilhar e ela ouvia vozes.
Começava a nevar, porém a neve não atingia Duda, os flocos suavemente desviavam. Ela chegou em casa, serviu uma xícara de café e deitou, o livro roxo cintilava em sua bolsa.
Sonhos estranhos perturbaram-na à noite, ela foi visitar sua velha amiga, quanto foi tocar a campainha a porta se abriu, cuidadosamente ela entrou, ao passar próxima à lareira foi sugada e no lugar surgiu um pote de cravo. Risadas macabras e uma silueta montada numa vassoura surgiu no horizonte.



#Agradecimentos: a André Winter que corrigiu e revisou a história :]
e a @dimhr12 pelas correções e pelo apoio :D aah visitem o blog dele :] http://dimhr12.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sobre vegetais... [continuação]

Não, joelho de porco na feijoada é intolerável, jamais aceitarei isso - bradava Júlia. Mas as lebres precisavam ser combatidas.
Júlia então disse ao Mestre dos Magos que desse jujubas as lebres. O sol brilhava feito purpurina e o vento cheirava a hortelã, logo as lebres resolveram que iam entregar suas jujubas, doce, e ovos de chocolate para a população da terra naquela festa estranha em que prestam glorias a um zumbi.
Com isso Júlia foi aclamada rainha de todo o lado leste da terra dos Smurfs. A paz reinava em Tangamandápio, mas a rainha sentia uma angustia profunda, não havia nada que fizesse aquela sensação horrível passar.
Os dias que se seguiram a essa angústia foram dias cinzas, chuvosos, cheios de nevoeiros. Um feixe de luz muito forte atingiu a torre do castelo.
Atchim, pensou Júlia. Pessoas verdes? Como assim?
Ouve-se uma voz rouca: olá Tangamandapiana, sou de Plutão, sim Plutão é um planeta e coletamos você para nosso zoológico intergalático.
-mas mas mas... eu sou uma terráquea moço!
- Porra Almir!
Choros e soluços, o ultimo delírio de Júlia acabava, juntamente com sua existência.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sobre vegetais...

Alecrim, o ar cheirava a alecrim e cravo. Júlia sentia a grama roçando em suas costas e o sol abraçando seu rosto. Quando um repolho cai sobre sua cabeça.
Tudo escureceu, acordou horas mais tarde com o barulho de uma porta rangendo. Por mais que abrisse seus olhos não conseguia enxergar, estava tudo escuro e úmido. Sentia um leve enjôo devido ao cheiro de esgoto.
Quando um feixe de luz cegou seus olhos, foi levada para outra sala, seus cabelos loiros que antes eram vivos, agora estavam um pouco viscosos. Largaram-na num sofá empoeirado e um cara estranho de cartola apareceu.
O chapeleiro maluco era chefe da máfia local e ela tinha sido escolhida para ser espiã numa missão desencadeada em meio às ruínas de Machu Picho, precisava achar a coluna vetebral de um antigo guerreiro que possuía poderes mágicos. E para isso ela deveria ser treinada na arte de lutas com vegetais, como: lançamentos de repolho, perfurações com cenoura, arremesso de chuchu e luta com milho verde.
Nesse exato momento abre-se um vórtice temporal e ela é sugada para uma outra dimensão, uma terra de duendes e lá o Mestre dos Magos a convoca a fim de lutar contra a autonomia das lebres siberianas, mas aí ela disse que não gostava de joelho de porco na feijoada.
(continua...

Ou não)

quarta-feira, 17 de março de 2010

um rapaz esguio...

Um rapaz esguio, um certo ar de reclusão pairava sobre ele. Gabriele o observava a certa distancia. Algo nele a atraia de maneira inexplicável. Aquele de negro pairava sobre sua cabeça, indo e vindo no seu pensamento. Ela estava febril e delirava constantemente. Ninguém em volta do seu leito sabia por quem ela chamava.
Marcas estranhas no seu pescoço denunciavam alguma anormalidade. Entretanto poucos se importavam, ela não tinha pais, toda sua vidinha de 20 anos passou num abrigo. Não tinha perspectivas, garotas sem família na sua cidade não serviam pra nada, quer dizer quase nada.
A moçoila possuía uma beleza inigualável, embora estivesse sempre em trapos. Grandes olhos negros, nariz afinado e cabelos castanhos que brilhavam no sol. Era comum que senhores respeitados a procurassem.
Mas com aquele guri pálido tinha sido diferente, ele possuía um magnetismo muito forte, e ela em seu sonho, lembrava-se de pouca coisa da noite anterior, só que após uns copos de vinho com ele resolveram dar uma volta pela cidade, incrível ele usava uma capa a noite, aí sentiu uma dor no pescoço e só voltou a si no hospital.
Quando todos saíram daquele quarto, separado por lençóis velhos e levemente esfiapados dos outros, já era noite. A janela abriu e um ar gélido entrou. Uma sobra se inclinou para dentro do recinto, era Ele. Ele se aproximou de Gabriele abraçou-a e um feixe de luz cobriu os dois. O vampiro e a garota forma abduzidos por amigos intergaláticos deles...
siiim entrei na onda :S

domingo, 7 de março de 2010

sem título

Gaivotas e ondas, era o que Micaelle ouviu quando acordou, logo pensou que fosse sua mãe com mais um cd de sons da natureza chatos. Entretanto ela não estava em casa, e o chão balançava, sentiu-se enjoada. Pensou estar no Peru, mas não era um tremor no quarto. Levantou foi em direção a porta.
A porta estava trancada, sim havia algo errado, tentou lembrar-se da noite anterior, mas só o que vinha a sua mente era: Rebolation, rebolation! Rebolation rebolation!
Sim havia muita coisa errada, não estava em casa, o quarto balançava, e tinha uma música podre tocando em sua cabeça! Deve ser um sonho, ou melhor, um pesadelo pensou Micaelle. Mas não era.
Ela se olhou no espelho, estava completamente vestida, embora suja é claro. Mas como diabos estava vestida ridiculamente? Sim ela estava de saia jeans e botas acima do joelho com uma blusa de renda!
O que está acontecendo, pensava a moçoila. Até que passos fortes ecoaram no corredor, e barulho de esporas seguido de uivos e cacarejos. Micaelle? A voz soou como uma taquara rachada. Paralisada ela não conseguia nem respirar direito.
Micaelle? Responde, tu não vai tratar as galinhas? Dizia a voz novamente.
Enfim encorajada ela respondeu, mas ao abrir a boca, não foram as palavras que tinha imaginado que saíram e sim: hey hey hey, quem tu é pra falar assim comigo? Quem manda nessa porra afinal?
A porta se abriu, atrás dela apareceu uma silueta vermelha e gordinha, a luz bateu em seu rosto, era Noel, Papai Noel.
Cheiro de pólvora e gasolina, tudo explodiu. Seus olhos ardiam de calor. Em sua boca sentia gosto de limão, açúcar e cachaça. Estava frio, sentiu um liquido morno em seu rosto, uma mão a puxa.
Sutil como um elefante, Jorge fala aos berros: -Micaelle! Já te falei pra não beber e cair na sarjeta! Quantas vezes vou ter que te dizer isso em mulher? 80 anos na cara e ainda não consegue se controlar? Na próxima te mando prum asilo!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

sobre encontros...

Verdes, seus olhos eram verdes, e ele era o alvo de Júlia naquele show dos Stones. Do alto dos seus 1,80 ele também a olhava, e depois de tomar algumas cervejas resolveu se aproximar, jogou o cabelo negro que caía nos seus olhos para trás lançando a cabeça e foi na direção dela.
Ele tremia a cada passo e sentia um embrulho gástrico que julgava ser como as famosas borboletas no estomago. Nunca havia passado por sensação similar perto de uma garota, aquela guria nanica o atraía de maneira inexplicável. Finalmente quando chegou perto dela, sussurrou em seu ouvido algumas palavras doces de praxe, entretanto a reação não foi a esperada.
Ela saiu correndo na direção do palco, ele foi atrás. E no meio das tietes ele a alcançou e eles enfim conversaram, e a lua cheia acima deles foi encobrindo-se de nuvens negras. Choveu. Pra falar a verdade, choveu um oceano encima deles. Ele ofereceu uma carona para Júlia, que a essa altura do show já havia se perdido de seus amigos.
Ele a cobriu com sua jaqueta e foi a acompanhando, sem tirar os olhos dos seus lábios carnudos e rosados, já sentia seu rosto tocando em sua barba. Chegando ao carro, o beijo finalmente aconteceu, e sinceramente John achou um tanto quando excêntrico. Pediu o endereço da conquista da noite, ela disse que era pra deixá-la na frente do monumento da cidade.
Seguiram, John resolveu investir nela, afinal poderia ter sido um mau jeito mesmo. E recomeçaram, ele sentiu uma textura estranha na cintura dela, ela se afastou e pediu para irem em direção do monumento logo. Chegando lá ao descer do carro ela se despediu um tanto quando chateada e com pressa e ordenou que ele fosse embora o mais rápido possível.
Estranhando, John andou até um canto escuro e lá ficou observando, Júlia tirou algo similar a um controle remoto do bolso e uma luz muito forte apareceu, ofuscando os olhos dele. Só teve tempo de ver o disco da amada indo embora, e depois disso só usou uma blusa branca e morou em meio a pessoas com a sanidade questionável.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sonhos...

Flutuava, Ela planava doce sem tocar os pés no chão, com um ar sobrenatural. Ele a olhava hipnotizado pelo brilho de seus olhos negros, e a cada movimento dela George sentia um arrepio percorrer-lhe o corpo todo, se encontrava num estado de leve torpor, como quando tinha bebido pela primeira vez.
Assim que soaram os últimos acordes e os dançarinos começaram a descer pela escada secundária do teatro, George num salto correu aos trancos e barrancos tropeçando nas sobras de tecido de sua calça boca de sino. Chegou até Ela, quase a derrubou, tinha ensaiado o que iria lhe falar durante toda a apresentação, mas ao ver seu rosto congelou.
Ficou por horas parado até que gentilmente foi convidado para se retirar, ele ainda sentia o perfume dela no ar. Saiu atordoado tentando chegar em casa. Chegou, entrou no elevador e foi ao décimo andar, enquanto subia os andares só conseguia pensar nela.
O elevador parou, George foi as cegas até o fim do corredor, na porta o espelho, nele o rosto refletido, uma face clara, olheiras profundas, cabelos compridos e loiros caindo desajeitadamente encima do nariz, olhos verdes atrás do óculos de lentes azuis, eram tristes e deles caiam lagrimas.
Um estrondo, uma dor na cabeça, o carpete molhado, a voz de Justine vinha da cozinha: -Vô! denovo?
- mas minha neta querida, tava lembrando do dia que conheci sua vó, tu sabe que me emociono!
-pôxa vô, precisa fazer xixi quando cai da cama?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A noite e renda vermelha...

Sob a luz da lua cheia, uma leva brisa fresca soprava trazendo consigo o cheiro de terra molhada, árvore e do canteiro de alecrim. De entre as cortinas esvoaçantes de crepe creme surge um vulto que cai na relva do pátio, os mosquitos e insetos da grama coçaram as narinas de Elvis, de fato o pai dele sempre esperava um futuro para o filho.
Sua jaqueta de couro contrastava com o jardim meigo, seus olhos permaneciam fixos na janela de madeira, como se procurando por alguém, em suas mãos podia sentir a renda, e sorria. De sobressalto atravessou o resto do quintal e num instante pulou o muro.
Enquanto seguia desnorteado pela rua, não conseguia disfarçar seu sorriso de playmobil, naquela noite tudo que sempre tinha sonhado estava se realizando. Elvis seguia olhando as pedras do calçamento e os fios da rede elétrica, mas não saía do seus pensamento aqueles cílios curvados e volumosos...
Chegando em casa, tirou com cuidado seu chaveiro rosa do bolso e abriu a porta que rangeu, ligou a luz, o lustre ofuscou sua visão, atirou-se no sofá e ali ficou. O telefone tocou, Elvis demorou a atender, a voz masculina do outro lado da linha pergunto: - e aí conseguiu?
Ele respondeu: - siiiim, a blusa vermelha de renda vai ficar LIIINDONA com meu sapato de paetes preto! e aqueles cílios postiços que comprei ontem? arraazo! tu passa aqui pra gente ir juntinhos né?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sobre Televisão...

Sim eu sei que isso não merece nem ser chamado de texto, mas devido as circunstâncias, senti vontade...
então: Sobre televisão...
A famigerada diversão ao toque de um botão, tão boa, tão maravilhosa, tão manipuladora. Definitivamente o mais importante eletrodoméstico de uma casa! É tri’ importante, acompanhe meu pensamento: quem iria nos dar idéias se não tivéssemos a “TV”, ou então opiniões sobre o tal do bbb, ou a campanha presidencial do Peru, porque vocês sabem é tudo muito parecido e os dois são muito relevantes nas conversas diárias, sim eu minto, o bbb é mais.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ora...

Quer sabe o porquê de escrever aqui? Certo não quer, mas vou falar igual, pois a caixa é minha!
Então a verdade é que te enganei e não tem um porquê, mas pra te compensar vou falar de mim! (mas que bela recompensa furada não? ¬¬)
Pois bem, eu acho que...
Sou alguém que aprendeu a não dar tanta importância as palavras, que acha a perfeição um tédio. Que fala tanto, mas no fundo não quer dizer nada, só disfarçar o medo e insegurança que sente.
Que aprendeu que os amigos não são nossos amigos porque concordam conosco, e sim porque discordam.
Descobriu que o respeito é algo indispensável, e que deve correr atrás dos seus sonhos e desejos, fazendo o máximo para atingi-los; e que buscar o que é seu não é egoísmo, e sim amor próprio,
que por mais só que estiver, não vale a pena perder tempo com quem não se importa realmente com você,
que a vida já é injusta demais, e não vale a pena julgar "um livro pela capa",
que a aparência não importa, mas sabe que é hipócrita e quem vai reparar nela igual,
que é impossível ser coerente o tempo todo,
que é difícil expressar o que sente, até mais do que sentir[...]