quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sobre cravos e vassouras...

Chovia, gotículas de chuva se fixavam na moldura verde daquele chalé envelhecido no meio do bosque. Uma chaleira fumegava no fogão à lenha, um vulto médio se aproxima da porta, cabelos castanhos caíam no rosto, um ar febril, olhos cor de mel com um brilho gélido, uma mão esquelética a conduz para perto da janela.
O cômodo cheirava a mofo e chá de maçã, a velha entregava um livro de capa roxa com letras prateadas e vários arabescos a Duda. Estava iniciando a amiga nos conhecimentos seculares de sua família. Após isso Maria Eduarda saiu apressada e escorregando na calçada úmida, cheia de limo, rodeada de musgos e cogumelos.
Seu guarda-chuva tremulava com o vento, ela precisava andar depressa, caso contrário perderia a condução para casa. Durante o percurso, coisas estranhas iam acontecendo, folhas levantavam dando piruetas e caíam, as lajotas da calçada começavam a brilhar e ela ouvia vozes.
Começava a nevar, porém a neve não atingia Duda, os flocos suavemente desviavam. Ela chegou em casa, serviu uma xícara de café e deitou, o livro roxo cintilava em sua bolsa.
Sonhos estranhos perturbaram-na à noite, ela foi visitar sua velha amiga, quanto foi tocar a campainha a porta se abriu, cuidadosamente ela entrou, ao passar próxima à lareira foi sugada e no lugar surgiu um pote de cravo. Risadas macabras e uma silueta montada numa vassoura surgiu no horizonte.



#Agradecimentos: a André Winter que corrigiu e revisou a história :]
e a @dimhr12 pelas correções e pelo apoio :D aah visitem o blog dele :] http://dimhr12.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário